Atentados à coragem

Foi destaque em toda a mídia o ataque de soldados da Geórgia sobre um grupo de jornalistas turcos que chegavam próximo do território da Ossétia do Sul, região que está sendo disputada belicamente entre a Rússia e a Geórgia. Recebidos a bala, os jornalistas só não morreram por um milagre.

E Hoje, ao acompanhar o JORNAL NACIONAL, vi que o repórter Marcos Losekann e o cinegrafista Paulo Pimentel, da TV GLOBO, foram sequestrados por cinco horas no Líbano por integrantes do Hezbollah, grupo político-terrorista. Eles realizavam uma reportagem sobre um bar temático em Beirute chamado "Buns and guns", que em português significa "pães e armas", que é a lanchonete mais agitada de Beirute. Ele tem armas expostas, serve as refeições com nomes de armas e atos terroristas, ao som de tiroteios e ataques aéreos.

No meio da reportagem, um grupo chegou e mandou que os jornalistas entrassem em um carro com os vidros cobertos. Depois de cinco horas de terror, o grupo liberou Losekann e Pimentel exigindo que eles voltassem imediatamente para Londres.

Oo jornalistas enganaram os terroristas, entregando uma fita que não era a original com as imagens do Bar. O Consulado brasieliro em Beirute apresentou uma queixa crime, mas o próprio governo Libanês admitiu que pouco pode fazer contra o Hezbollah.

Os dois "atentados à imprensa" , que felizmente não vitimou ninguém fatalmente, são exemplos de que ainda em pleno século XXI, a liberdade não é respeitada. Principalmente em países do Oriente, como o Líbano e a olímpica China. Certamente muitos jornalistas vão se sacrificar pelo objetivo em que muitos de nós devemos nos apoiar: A ética, a verdade e a coragem de denunciar o que está errado.