sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Traje à rigor

Será este o protótipo de camisa que o glorioso Vasco da Gama usará em 2009?



Cortesia: Kibeloco.com.br

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Laranjas Podres

Todos nós já ouvimos em algum momento de nossas vidas que "Uma laranja podre em um cesto contamina as demais" para ilustrar que um sujeito com atitude ilícita pode manchar a imagem de uma categoria ou classe.

Falamos isso de médicos, policiais, políticos e por aí vai. O que intriga é que geralmente a mídia dá destaque aos maus profissionais em detrimento àqueles que cumprem o seu papel de maneira correta. E o que é mais inquietante é que a mídia não costuma falar das suas "laranjas podres", e olha que são muitas.

Há muitos jornalistas descomprometidos com a ética e a legalidade no exercício da profissão. Além disso, há os profissionais que tem pouquíssima qualidade e competência, decorrente de cursos universitários de pífia categoria e a manipulação capitalista dos veículos em busca de audiência e faturamento, sem preocupação com o conteúdo.

Achei muito interessante a opinião de Geneton Moraes Neto, Jornalista da TV Globo, divulgada no portal comunique-se (www.comunique-se.com.br) em que ele aponta essa "crise" que atinge o jornalismo brasileiro e seus rescpectivos veículos.

Leiam baixo o artigo, analisem e opinem no Blog.

Os jornalistas estão enterrando o jornalismo!, por Geneton Moraes Neto


Começa a chover. Não me ocorre outra idéia para me proteger do aguaceiro: paro na banca para comprar um jornal. Em época de "crise econômica", eis um belo investimento, com retorno imediato: além de me brindar com notícias interessantes, o jornal, quando dobrado e erguido sobre a cabeça, cumpre garbosamente a função de guarda-chuva.

O jornal é de São Paulo. Poderia - perfeitamente - ser do Rio de Janeiro ou de qualquer outro estado brasileiro. Eu disse "notícias interessantes"? Em nome da verdade, retiro o que disse.

Pelo seguinte: não sou nenhum fanático por informação, não passo quatorze horas por dia conectado, não sou desses jornalistas que, à falta do que fazer na vida, acham que não existe nada sob o sol além do jornalismo. Em suma: considero-me apenas um consumidor mediano de notícias. Ainda assim, eu já sabia de noventa e cinco por cento do que aquele jornal tentava me dizer na primeira página.

O que o jornal me dizia, nos títulos? Que o São Paulo "abre cinco pontos sobre o Grêmio". Que novidade! Qualquer criança de dois anos que tivesse passado diante de um aparelho de TV na véspera já sabia. Nem preciso falar da Internet. "Chuvas em Santa Catarina matam 20". Que novidade! "Obama divulga nomes de cargos-chave". Que novidade! "EUA podem injetar até US$ 100 bi no Citigroup". Que novidade!

Não é exagero: eu já tinha recebido todas essas informações na véspera.

Tive a tentação de voltar à banca, para pedir meus dois reais e cinquenta de volta. Mas, não: resolvi dar um crédito de confiança ao jornal. Quem sabe, como guarda-chuva ele teria uma atuação melhor. Teve.

De tudo o que estava nos títulos da primeira página do jornal, só uma informação era "novidade" para mim: "Brasil será o único país do mundo que não eliminou hanseníase". Conclusão: o jornal estava me oferecendo pouco, muito pouco, pouquíssimo.

Tenho certeza absoluta de que milhares de leitores, quando abrem os jornais de manhã, são invadidos pela mesmíssimo sentimento: em nome de São Gutemberg, para quem estes jornalistas acham que estão escrevendo ? Em que planeta os editores de primeira página vivem ? Por acaso eles pensam que os leitores são marcianos recém-desembarcados no planeta? Ninguém avisou a esses jornalistas que a TV e os milhões de sites de notícias já divulgaram, desde a véspera, as mesmíssimas informações que eles agora repetem feito papagaios no nobilíssimo espaço da primeira página ?

Os autores dessas obras-primas ( primeiras páginas que não trazem uma única novidade para o leitor médio!) são, com certeza, jornalistas que temem pelo futuro do jornal impresso. É triste dizer, mas eles estão cobertos de razão: feitos desse jeito, os jornais impressos estão, sim, caminhando celeremente para o mausoléu. Não resistirão.

Os coveiros da imprensa estão trabalhando freneticamente: são aqueles profissionais que aplicam cem por cento de suas energias para conceber produtos burocráticos, óbvios, chatos, soporíferos e repetitivos.

Em suma: os jornalistas estão matando o jornalismo.

Quem já passou quinze segundos numa redação é perfeitamente capaz de identificar os coveiros do jornalismo: são burocratas entediados e pretensiosos que vivem erguendo barreiras para impedir que histórias interessantes cheguem ao conhecimento do público. Ou então queimam neurônios tentando descobrir qual é a maneira menos atraente, mais fria e mais burocrática de transmitir ao público algo que, na essência, pode ser espetacular e surpreendente: a Grande Marcha dos Fatos.

Qualquer criança desdentada sabe que não existe nada tão fácil na profissão quanto "derrubar" uma matéria. Há sempre um idiota de plantão para dizer: "ah, não, o jornal X já deu uma nota sobre esse assunto"; "ah, não, o jornal Y publicou há trinta anos algo parecido" e assim por diante. O resultado desse exercício de trucidamento jornalístico é o que se vê: uma imprensa chata, chata, chata, chata. É raríssimo aparecer um salvador de pátria que pergunte: por que jogar notícias no lixo, oh paspalhos ? Por que é que vocês não procuram uma maneira interessante e original de contar - e oferecer ao publico - uma história ? Haverá sempre uma saída!

A regra vale para jornal impresso, revista, rádio, TV, internet, o escambau.

Mas, não. Contam-se nos dedos da mão de um mutilado de guerra os jornalistas que devotam o melhor de suas energias para fazer um jornalismo vívido e interessante. Já os burocratas e assassinos, numerosíssimos, continuam golpeando o Jornalismo aos poucos. Vão matá-lo, cedo ou tarde, é claro.

Não há organismo que resista à repetição dos botes dos abutres (um dia, quando estiver prostrado à beira de um pedaço de mar verde da porção nordeste do Brasil, farei - de memória - uma lista dos crimes que já vi serem cometidos, impunemente, nas redações. Se tiver paciência para juntar sujeito e predicado, prometo que farei um post. Almas ingênuas podem acreditar que absurdos não acontecem com frequência nos zoológicos jornalísticos. Mas, em verdade, vos digo: acontecem, diariamente. O pior, o trágico, o cômico, o indefensável é que os assassinos do Jornalismo são gratificados com férias, décimo-terceiro, plano de saúde, aposentadoria, seguro de vida e vale-alimentação. Detalhe: lá no fundo, devem achar que ganham pouco....Quá-quá-quá).

Um detalhe inacreditável: em qualquer roda de conversa numa redação, em qualquer congresso ( zzzzzzzzzzz) de Jornalismo, é possível ouvir que há saídas simplíssimas. Bastaria tomar - por exemplo - providências estritamente "técnicas": em vez de repetir papagaiamente (*) nos títulos aquilo que a TV e a internet já cansaram de divulgar, por que é que os jornais não destacam na primeira página a informação inédita, o ângulo pouco explorado, o detalhe capaz de prender a atenção do coitado do leitor na banca ? Pode parecer o óbvio dos óbvios, mas nenhum jornal faz. Qualquer lesma semi-alfabetizada sabe, mas nenhum jornal faz. Se fizessem este esforço, os jornais poderiam, quem sabe, atiçar a curiosidade do leitor indefeso que entra numa banca em busca de uma leitura atraente. Coitado. Não encontrará. É mais fácil encontrar um neurônio em atividade no cérebro de Gretchen.

Fiz um teste que poderia ser aplicado a qualquer estagiário de jornalismo: tentar achar, no exemplar que tenho em mãos, informações que rendam títulos menos burocráticos e mais atraentes do que os que o jornal trouxe na primeira página. Em quinze segundos, pude constatar que havia,sim, no texto das matérias, informações mais interessantes do que as que foram destacadas nos títulos óbvios. Um exemplo, entre tantos: a chamada do futebol na primeira página dizia "São Paulo abre 5 pontos sobre o Grêmio". Por que não algo como "TREINADOR PROÍBE COMEMORAÇÃO ANTECIPADA NO SÃO PAULO" ou "JOGADORES DO SÃO PAULO PROBIDOS DE IR A PROGRAMAS DE TV"? A matéria sobre as enchentes dizia que, depois do maior temporal dos últimos dez anos, Santa Catarina enfrentava racionamento de água potável - um duplo castigo. E assim por diante. Daria para fazer dez chamadas diferentes. Mas.....o jornal repete na manchete o que a TV já tinha dito.

Quanto ao futebol: com toda certeza, as informações que ficaram escondidas no texto eram mais atraentes do que a mera contagem de pontos que o jornal estampou no título da primeira página! Afinal, cem por cento dos torcedores do São Paulo já sabiam, desde a véspera, que o time disparara na liderança. Não é exagero dizer: cem por cento sabiam. Mas, a não ser os fanáticos por resenhas esportivas, poucos sabiam que o treinador tinha proibido os jogadores de participarem de programas de TV, para evitar comemorações antecipadas. Por que, então, esconder o detalhe mais interessante ? É que os editores fazem: tratam de sepultar a informação mais atraente em algum parágrafo remoto, lá dentro do jornal. Depois, querem que o leitor saia da banca satisfeito por ter pago para ler o que já sabia....

Estão loucos.

Resumo da ópera: os assassinos do Jornalismo, comprovadamente, são os jornalistas. É uma gentalha pretensiosa porque acha que pode decidir, impunemente, o que é que o leitor deve saber. Coitados. O que os abutres fazem, na maior parte do tempo, em todas as redações, sem exceção, é simplesmente tornar chata e burocrática uma profissão que, em tese, tinha tudo para ser vibrante e atraente.

Mas nem tudo há de se perder. Os jornais podem, perfeitamente, ser usados como guarda-chuva. Fiz o teste. O resultado foi bom: cheguei tecnicamente enxuto ao destino.

(*) Papagaiamente: neologismo que acabo de criar, iluminado por uma inspiração animalesca.

Bambi de ouro

Após conseguir o feito de ser o campeão mais jovem da história da Fórmula 1 na última curva em Interlagos, o inglês Lewis Hamilton vai ganhar um dos mais importantes prêmios da Alemanha. O piloto, de 23 anos, receberá o troféu Bambi em uma cerimônia de gala organizada pelo Grupo Hubert Burda, na cidade alema de Offenburg.


Além de Hamilton, a cantora Britney Spears receberá a honra por ter dado a volta por cima após os escândalos de sua carreira. Ela vai cantar na cerimônia. Outro show será feito pela americana Pink. Meg Ryan, Keanu Reeves, Karl Lagerfeld, Tommy Hilfiger e Placido Domingo também estão entre os agraciados.

Trofeu Bambi? Será que o Massa iria querer?

Aqui no Brasil, o Troféu já tem dono...



Parabéns, Richarlysson!, Parabéns São Paulo!

Haja Malas...

Estamos chegando na reta final do Campeonato Brasileiro e neste momento alguns times brigam por objetivos particulares. Como já temos o virtual campeão (São Paulo), a luta em cima é pela vaga na próxima Libertadores e em baixo, para escapar da Segunda divisão em 2009.

Todos conhecem a lenda no futebol da "Mala Branca", que é uma gratificação financeira para um determinado clube favorecer o outro. Ninguém admite que recebe, ou recebeu ou receberá, mas poucos se posicionam contra, inclusive algumas cabeças coroadas do Jornalismo.

Renato Gaúcho, treinador do Vasco, ao ser indagado se o Vasco poderia oferecer a "Mala Branca" a times que enfrentam seus concorrentes diretos na luta pelo descenso, revelou: " Não sou contra a Mala Branca, inclusive acho que o Vasco deveria oferecer.". Esta declaração irritou o presidente vascaíno Roberto Dinamite, que garante nunca ter recebido a lendária mala.

No mundo das Malas, além das brancas, há aquelas (e são muitas...) que deveriam ficar caladas e trabalhar mais...

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Méritos e Deméritos

Com os resultados deste domingo, o São Paulo está com nove dedos e uma unha na Taça do Brasileirão-2008 e muito perto do hexacampeonato. Campeão em 2006 e 2007, o tricolor garantiu esta condição ao vencer em São Januário o quase rebaixado Vasco por 2 a 1. Com a goleada do Vitória sobre o Grêmio (4 a 2) e o tropeço do Flamengo (3 a 2) para o Cruzeiro, o time de Murici Ramalho só perde o caneco por um desastre.

O Vasco iniciou com muita pressão, mas sem muita qualidade técnica. Já aos quinze minutos da etapa inicial, o São Paulo, com sua tranquilidade e frieza, dominou o meio campo, e ampliou sua soberania até Jorge Wágner abrir o placar em uma cobrança de falta. Ainda na emoção e na pressão, o Vasco empatou em um chute de Mádson, o melhor do time, que desviou na zaga e enganou Rogério Ceni. Terminava o primeiro tempo com uma enorme esperança para os torcedores vascaínos que lotavam o estádio e de angústia para os tricolores, já que o Grêmio vencia e assumia provisoriamente a liderança.

Vem o segundo tempo e começa a inversão das coisas. Após um escanteio, a zaga do Vasco falha e Hugo, livre faz 2 a 1. E para melhorar a situação paulista, o Vitória não só virou o jogo, mas aplicou uma goleada no Grêmio. E para o Vasco, além de mais uma derrota em casa, é a certeza que só um milagre salvará o clube do rebaixamento. O Vasco terá que vencer os dois jogos restantes e ainda torcer para os tropeços de Náutico, Figueirense e Atlético-PR.

Merecida ambas as situações: O São Paulo perto do título, por ser uma equipe que dentro e fora das quaro linhas se estrutura; E o Vasco perto do rebaixamento, por um acúmulo de erros nos últimos anos e pelo péssimo time que tem atualmente.