segunda-feira, 27 de julho de 2009

Jornalismo do Mal

Lendo o blog do Luiz Carlos Azenha - Vi o mundo, cujo recomendo acompanhar - me deparo com essa aberração cometida pela FOLHA DE SÃO PAULO, que no auge da sua incessante tentativa de imacular a imagem do governo LULA para beneficiar opositores visando a sucessão presidencial em 2010, cometeu a aberração de criar pânico com numeros falsos sobre a famigerada gripe H1N1.

Um jornalismo descabido, sensacionalista e acima de tudo irresponsável. Veja abaixo a íntegra do artigo do blog do Azenha. Quem assina é Conceição Lemes, jornalista especializada em Medicina e Saúde.

Cuidado: para eleger Serra a Folha vai te matar

Atualizado em 26 de julho de 2009 às 22:19 | Publicado em 26 de julho de 2009 às 21:13

por Conceição Lemes

Jornalismo de saúde é uma área em que não dá para, no dia seguinte, simplesmente dizer: erramos.

A essa altura, devido à reportagem malfeita por incompetência e/ou má-fé, muitas pessoas assumiram como verdadeira a informação mentirosa, distorcida, equivocada; algumas já tomaram o caminho errado. Minimizar o estrago não é fácil; revertê-lo 100%, impossível.

A Folha de S. Paulo não aprendeu isso com a febre amarela, quando cometeu – junto com o restante da mídia corporativa – um verdadeiro crime contra a saúde pública dos brasileiros.

No domingo passado, 19 de julho, reincidiu: “Reportagem da Folha sobre gripe suína é totalmente furada; uma irresponsabilidade”.

Só para relembrar, a chamada de capa era taxativa: Gripe suína deve atingir ao menos 35 milhões no país em 2 meses. A interna, da matéria propriamente dita, chutava bem mais alto: Gripe pode afetar até 67 milhões de brasileiros em oito semanas

Ao descer os olhos pela matéria, se descobria que os cálculos da reportagem se basearam num estudo de 2006 que visava o vírus H5N1, responsável pela gripe aviária. Não tem nada a ver com o vírus H1N1, causador da influenza A, também chamada de gripe A, nova gripe ou gripe suína.

Para alguém com informação na área de saúde ou médica, a estupidez do artigo e a intenção de disseminar o pânico eram flagrantes. Mas para a população em geral, não. O risco era provocar uma corrida desnecessária aos hospitais.

O Viomundo entrevistou o dr. Eduardo Hage, diretor da Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde. Foi o mesmo entrevistado pela Folha. As suspeitas se confirmaram.

“A reportagem da Folha do domingo [19 de julho] da Folha sobre gripe suína é totalmente furada”, alertou Eduardo Hage. “Uma irresponsibilidade.”

“Há um erro capital na reportagem, e jornalista foi alertado”, revelou o dr. Hage. “Os parâmetros do estudo do vírus H5N1 não valem para a nova gripe. Mesmo assim, o jornalista utilizou parâmetros do estudo para o vírus H5N1 para calcular quantas pessoas poderiam ser infectadas pelo novo vírus, quantas precisariam de cuidados médicos e quantas seriam internadas por complicações da doença.”

“Os parâmetros utilizados pela Folha de S. Paulo não têm base epidemiológica, estatística. É pura ilação, sem qualquer base científica. Foi um chute a quilômetros de distância do alvo”, acrescentou Hage. “Só espero que esses cálculos equivocados não sejam uma tentativa de gerar desinformação, como aconteceu na febre amarela.”

No próprio domingo, o Ministério da Saúde, por meio da sua assessoria de imprensa, enviou carta ao Painel do Leitor, na tentativa de restabelecer a verdade dos fatos. Foi publicada na edição de segunda-feira. “Não há modelos matemáticos disponíveis no mundo para se realizar uma projeção sobre o número de pessoas que serão afetadas pela influenza A”; “Todos os cálculos..., utilizados pela reportagem, são referentes a uma possível pandemia da gripe aviária, causado pelo vírus H5N1, entre outras. Os parâmetros não são válidos para a influenza A (H1N1).”

Ficou por isso mesmo. Mais uma vez o autor da matéria ignorou o alerta. Em resposta à carta do Ministério da Saúde, ele responde sem responder, subestimando a inteligência dos leitores, como se todos fossem idiotas.

Neste domingo, ao ler a coluna Ombudsman, assinada pelo jornalista Carlos Eduardo Lins e Silva, uma grata surpresa, a começar pelo título -- No limite da irresponsabilidade.

No primeiro parágrafo, Carlos Eduardo diz tudo:

“A REPORTAGEM e principalmente a chamada de capa sobre a gripe A (H1N1) no domingo passado constituem um dos mais graves erros jornalísticos cometidos por este jornal desde que assumi o cargo, em abril de 2008”.

Na sequência, arrola preocupações levantadas pelo Viomundo:

“É quase impossível ler isso [número de brasileiros que poderiam ser afetados e os de hospitalizações] e não se alarmar. Está mais do que implícito que o modelo matemático citado decorre de estudos feitos a partir dos casos já constatados de gripe A (H1N1) no Brasil.

Mas não. Quem foi à página C5 (e não C4 para onde erradamente a chamada remetia) descobriu que o tal modelo matemático, publicado em abril de 2006, foi baseado em dados de pandemias anteriores e visavam formular cenários para a gripe aviária (H5N1).

Ali, o texto dizia que "por ser um esquema genérico e não um estudo específico para o atual vírus, são necessários alguns cuidados ao extrapolá-lo para o presente surto".

Ora, se era preciso cautela, por que o jornal foi tão imprudente?”

Vários leitores se manifestaram ao ombudsman sobre a matéria: "leviana e irresponsável"; "se o objetivo do jornal era espalhar pânico, conseguiu o intento”; "trata-se claramente de sensacionalismo.”

“O pior”, termina Carlos Eduardo, “é que a Redação não admite o erro.”

O dr. Eduardo Hage alertou para o erro, o jornalista ignorou e foi em frente. O Ministério da Saúde mandou a carta ao jornal, ele deu ombros. O ombdusman cobrou, a redação não admitiu o erro.

Na certa, a esta altura, alguns devem estar me cobrando: “Se jornalismo de saúde é uma área em que não dá para simplesmente dizer 'erramos', como fica a Folha que nem admite o erro?”

Saúde é uma área em que não dá mesmo para a gente errar. Por isso, temos que ser extremamente cuidadosos, responsáveis, éticos. Afinal, estamos lidamos com o bem mais precioso de todo mundo: a vida.

Mas errar acontece. Aí, temos que irremediavelmente assumir o erro, destacando o equívoco e mostrando a informação correta. É o único de minimizar os “efeitos colaterais”.

Agora, errar é humano, perseverar no erro é burrice, diz o ditado popular. No caso da Folha, perseverar no erro parece má-fé. Reforça a hipótese de que o objetivo era gerar pânico na população, promover corrida aos hospitais e, aí, jogar a conta nas costas do governo federal.

Uma decisão que não foi do jornalista arrogante nem da redação, mas provavelmente do dono da Folha, Octávio Frias Filho, que nunca faria isso se tivesse, de fato, o rabo preso com leitores.

Será por que o ministro José Gomes Temporão é do ramo e está fazendo uma gestão competente e transparente, deixando no chinelo o ex-ministro José Serra?

Será que se o ministro atual fosse o governador José Serra isso teria acontecido?

Será que a intenção era tirar o foco de São Paulo e Rio Grande do Sul, estados com maior número de casos até o momento e governados pelo PSDB?

Será...? Será...? Será...? Não faltam conjecturas.

O fato é que se o jornalista Hélio Schwartsman, autor da matéria, e o senhor Otavinho tivessem passado, pelo menos, UMA HORA das suas vidas num pronto-socorro, como o do Hospital das Clínicas de São Paulo ou do Hospital Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, não teriam sido tão levianos, irresponsáveis e inconsequentes com a saúde da população, inclusive a dos leitores da Folha.

Fazer política com notícias de saúde pode ser fatal. Afinal, jornalismo porco na área de saúde causa doenças físicas e emocionais, efeitos colaterais graves e pode até matar.

domingo, 26 de julho de 2009

Força Massa!

Todos estão na torcida pela plena recuperação de Felipe Massa, piloto brasileiro da Ferrari na Fórmula 1.

Torcedores de diversas nacionalidades, os pilotos de todas as equipes de F-1, assim como todos aqueles que gostam de automobilismo estão angustiados com o que ocorreu neste último sábado, dia 25 de julho.

Massa fo atingido por uma mola que se desprendeu da parte traseira do carro de Rubens Barrichello. O impacto, que foi em torno de 150 Kg, atingiu o capacete em cheio próximo a viseira e fez o piloto imediatamente perder a consciência, seguir reto na curva e se chocar contra a proteção de pneus.

Felipe Massa é um dos nomes mais queridos e respeitados no "circo" da Fórmula 1, por sua competência e principlamnete pelo caráter e humildade que possui.

Ele está em Budapeste, Hungria, no Hospital em processo de recuperação.

Força Massa! E assim como pediu a sua gestante esposa Rafaela, vamos todos, sejam de que crença, religião ou credo for, interceder para o reestabelecimento do nosso bravo piloto.

Em breve, queremos ver repetida esta imagem aí de baixo: