terça-feira, 9 de novembro de 2010

E nem conferiram?

A continuidade do noticiário sobre o ENEM, Exame Nacional do Ensino Médio, prova que a prova - com o perdão da redundância - tem hoje uma significativa importância para os estudantes secundaristas do Brasil que almejam ingressar em uma universidade.

Essa importância veio crescendo ano a ano, mas parece que os cuidados com o exame de 2010 decresceu.

Ano passado, não foram erros grotescos de impressão, questões dúbias ou de troca de cabeçalhos. Foi um vazamento feito por um funcionário da gráfica que venceu a licitação para a impressão dos exames.

Este ano, o MEC - Ministério da Educação, resolveu passar a responsabilidade para outra gráfica, com larga experiência no setor. Foi a terceira colocada no processo de licitação.

E a segunda? A segunda, de acordo com o MEC não foi escolhida por não obedecer os critérios.

Podemos até engolir o argumento de que não é possível conferir quatro milhões de provas uma a uma, mas uma empresa com larga experiência não pode cometer numerosos e diferentes erros de impressão em uma prova que é decisiva para o futuro de milhões de jovens.

E não tem ninguém no governo que faz o "confere" de alguma forma? Pois a questão sobre as perguntas com respostas dúbias e/ou impossíveis é de responsabilidade da banca, de quem formula a prova, e não da gráfica.

Como diz o dito popular: "Cada um com seus problemas"

Gráfica e governo, a primeira impressão é a que fica. E que seja correta.