segunda-feira, 21 de julho de 2008

Mexendo com gente grande

Um comentário do chanceler brasileiro Celso Amorim sobre a Rodada de Doha, que se arrasta por sete anos na Organização Mundial do Comércio (OMC), provocou reações negativas principalmente por parte dos países ricos e pessoas envolvidas com o Holocausto. O Ministro disse que assim como a estratégia usada pelos nazistas, mas especificamente pelo chefe de propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels de que uma mentira contada muitas vezes pode virar uma verdade, os países ricos e aqueles que não querem ceder as negociações em prol dos países emergentes, inventam mentiras e calúnias para distorcer a realidade e impedir a igualdade de condições nas relações comerciais.

Apesar do mal estar, Amorim só cometeu uma gafe: citar Goebbels, chefe da propaganda nazista, uma ferida para os judeus e todos que sofreram com Hitler. De resto, ele está correto ao afirmar que o G-8 (grupo dos países mais ricos) complica as negociações comerciais. Acontece que os ricos protegem suas economias, seu comércio e sua agricultura. Em detrimento disso, querem enfraquecer os países emergentes e ainda por uma herança do pensamento colonialista e imperialista, acham que Brasil, Índia e México não podem ter prioridade ou igualdade de condições. Foram colônias há séculos atrás e para eles deveria permanecer. Mas tanto o Brasil, quanto aqueles que brigam na OMC devem reagir, mas tem que ter inteligência e acima de tudo jogo de cintura nas declarações públicas.

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