sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Primo rico, primo pobre

Ao chegar em casa no fim da noite ontem, acompanhei a maciça cobertura da TV GLOBO e da RECORD NEWS sobre o desfecho da convenção do Partido Democrata nos Estados Unidos que ratificaram Barack Obama como candidato à presidência. Transmitindo ao vivo com correspondentes dentro do lotado estádio que recebeu o "espetáculo", as emissoras demonstraram o clima contagiante de felicidade entre os democratas.

Especialistas consideram que agora de fato, começam as eleições. E Obama parece ter entendido isto, pois foi agressivo em seu pronunciamento oficial, atacando seu oponente, John McCain, e deixando claro quais vão ser suas prioridades para o país que após oito anos do desastroso republicamo Bush, encontra-se em crise econômica.

Porém, enquanto a "festa" acontece nos Estados Unidos, problemas sérios ocorrem em um país que, por estar incluso no "terceiro mundo", quase não se dá destaque para a gravidade do caso em toda a imprensa. O governo de Evo Morales, na Bolívia, eleito por voto direto, democraticamente, recentemente teve que passar por um plebiscito para ser "referendado" novamente. Até aí, nada tão grave. Porém, Evo está sendo atacado a todo momento, visando o seu enfraquecimento, assim como ocorreu como Chávez há alguns anos na Venezuela. Manifestações populares pró e contra Evo esquentam o clima na Bolívia e teme-se que haja uma grave instabilidade social.

Mas para isso, não há sequer correspondentes internacionais para nos informar o que ocorre com os nossos vizinhos, só com os "patrões". Evidente que deve-se informar as eleições americanas, mas, a imprensa não pode omitir as informações de uma democracia que como nos Estados Unidos, é legítima.

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