Sem entrar nos méritos, acho chatíssima e desnecessária esta briguinha irritante entre o Dunga e a imprensa, em especial, a TV Globo.
Desde que foi escolhido como substituto de Parreira em 2006, Dunga é contestado. Os resultados posteriores deram a ele um salvo-conduto para continuar à frente do comando técnico e um cala-boca, não só para o Galvão Bueno, o Tadeu, o Escobar e outros, mas para aqueles que o criticavam.
Mas as brigas só tiveram trégua ao longo desses quatro anos, nunca um fim.
Dunga poderia dar a resposta aos críticos apenas com os resultados. Mas, sua raiva transcende as quatro linhas do gramado e nas coletivas, seja após uma vitória ou derrota, Dunga destila suas palavras agressivas à imprensa, esquecendo-se que a maioria dos brasileiros que estão em casa assistindo à TV, querem que ele fale da seleção.
É bem verdade que Dunga não recebe bem críticas a respeito de seu trabalho. Mas, Dunga, ignore os críticos e trabalhe. Chamar alguém de cagão ou besta não irá trazer melhorias para a seleção.
Ao passo que a imprensa tem que parar de usar o mau-humor e a falta de experiência do técnico para contestá-lo. Vamos os fatos. Apuremos e noticiemos. Se o trabalho dele for considerado ruim, que se façam as críticas profissionais.
Aos jornalistas, cabe a busca pela informação para o torcedor brasileiro, de maneira mais imparcial possível. Sem sentimentalismos ou obediência aos interesses do patrão.
Dunga mudou muito a relação técnico / imprensa. Deixando com inveja Leão e Muricy, ele acabou com os privilégios a TV Globo. Até a Fifa foi acionada.
Ponto para Dunga: Não devemos ter privilégios para a Globo ou a qualquer outra emissora, como antes acontecia nas concentrações do Brasil.
Mas, Dunga, não precisa também massificar essa briga via imprensa. Já está chato.
E, podem apostar:
Se Dunga vencer a Copa, será no mínimo, reduzido no contexto da festa pela imprensa do mal.
Se perder, mesmo que seja através dos pênaltis na final, será execrado por esta mesma imprensa.
Vamos trabalhar, e todos:
CALEM A BOCA!
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