quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Ferida mal cicatrizada

Recentemente o Ministro da Justiça, Tarso Genro, propôs a revisão da Lei de Anistia no que tange a punição aos agentes torturadores durante a Ditadura Militar, entre 1964 e 1985. A lei impede que sejam punidos os carrascos do regime militar. Essa declaração gerou uma reação por parte dos militares, que lembraram que não só houve tortutradores militares, mas também grupos civis armados pró-democracia que mataram, torturaram e sequestraram militares.

Acontece que ainda é recente as chagas deixadas por este sombrio período. Militares de ontem, são políticos hoje. E alguns se esquivam de sua origem. Os civis e rebeldes torturados que sobreviveram, são hoje Jornalistas, professores universitários, deputados, Ministros da República e até Lula foi detido em 1980, pelo DOPS. Tocar no assunto mexe muito com os ânimos de todos os envolvidos com o assunto "Ditadura Militar".

Recentemente, a Globo mostrou que documentos e arquivos da época estavam sendo queimados e apagados pelas Forças Armadas. O Exército faz uma dura resistência em abrir a caixa preta, temendo a revelação das atrocidades. O Governo atual, que conta com nomes como Dilma Roussef, então rebelde presa e torturada, briga pela justiça, mas não com muita intensidade em prol dos familiares dos mortos e desaparecidos pela mão de ferro do regime.

Enquanto não houver tolerância de ambos e coragem das autoridades políticas, durante muito tempo este assunto dará o que falar e sentir...

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