quarta-feira, 15 de abril de 2009

Banheiro público

Li uma notícia que me chamou e atenção: "Xixi põe em risco a estrutura de passarelas e viadutos em Salvador, Bahia". Acontece que com o hábito de aliviar a bexiga nos locais mais discretos, as pessoas preferencialmente urinam em em pilastras e alicerses de sustentação de viadutos e passarelas, o que compromete a estrutura, pois o nosso "xixi" tem alta acidez e corroi o cimento e os ferros dessas construções. A prefeitura irá reforçar as estruturas, gastando em torno de R$ 500 mil.

Pego este assunto para comentar o quanto nós somos displicentes com o mobiliário urbano. Sem consciência do "efeito borboleta" que é descuidar do que é bem público, a sociedade não consegue enxergar a sua alta responsabilidade na conservação do seu patrimônio. Como é de praxe colocar a culpa nas autoridades, apesar de algumas vezes eles serem os culpados, nem sempre, como neste caso do pseudo-inofensivo xixi, é problema causado por negligência política. Além de afetar muito a nossa qualidade de vida, esse relaxamento mexe muito com o nosso bolso, pois é daí que sai o alto valor que se gasta com a manutenção do que é destruído.

A negligência e promiscuidade é nossa, que não determinamos o real valor de cuidar das coisas. Quem passa pela Central do Brasil no Rio de Janeiro, por exemplo, sabe o quanto é incômodo o forte odor de amônia expelido pelas centenas, quiçá milhares, de pessoas que urinam por ali. Tem polícia, já teve até gente presa, mas o desrespeito e a inconsciência continuam...

Isso vale para o lixo que jogamos para fora da janela do veículo em movimento, pichações, vandalismos e por aí vai...

Penso que é um problema sócio-educacional, e que a solução começa em casa, com a família, e passa pelas escolas e pela mídia também, com a conscientização da sociedade.

Se desaba um viaduto desses e morrem inúmeras pessoas vítimas do despretensioso xixi de alguns... Já imaginaram? Lembremos que algumas catástrofes de grande escala, como as enchentes, tem em nosso descuido, uma das causas. Lembremos do sofá, das garrafas pet, dos pneus... que jogamos nos canais e rios de grandes cidades...

Vamos puxar a descarga certa! Senão podemos mandar para o fundo do esgoto nós mesmos...

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