Desde domingo passado, todo o país e em especial a população carioca sofre com a desastrosa operação policial que vitimou o jovem João Roberto, de 3 anos. Toda a mídia e as autoridades "desceram o sarrafo" nos policiais que, sem treinamento, despreparados, protagonizaram esta tragédia. Mas, serão eles os únicos culpados? Eu lembro que há meses atrás, o chefe atual da polícia, que é o governador Sérgio Cabral, elogiou a ação do BOPE na Vila Cruzeiro e ao ser indagado sobre as pessoas mortas com sinais de execução, afirmou: "Essa é a política de enfrentamento".
Será governador, que é assim que resolveremos a criminalidade? Com essa política de enfrentamento não teremos mais inocentes mortos como João Roberto? Não é mais prudente agir com inteligência, investigação, sem disparar tiros a torto? Além é claro de treinar e valorizar a polícia, para que a corrupção não seja uma "válvula de escape" para a sobrevivência dos mesmos...
Em uma pesquisa recente, a polícia carioca é considerada a mais assassina, matou mais de 2000 pessoas só no ano passado. Em Portugal, por exemplo, foi morta uma, apenas uma pessoa pela polícia. É preciso rever os conceitos, governador...
Está na hora da política de segurança pública proteger o cidadão de bem, não tirar sua vida. Um casal de brasileiros alistados no exército americano e que estão embarcando em breve para o Iraque, ao ser indagado sobre o medo de morrer, responderam: "Medo de morrer? sou carioca! estatísticamente é mais perigoso viver no Rio que no Iraque. Lá morre mais gente que na Guerra..."
Exagero? Realidade? Só não quero ver mais pessoas inocentes morrendo... Tá na hora de mudar o foco, agir na raiz e educar, dar oportunidades a quem precisa.
Tem eleições em outubro, prefeito e vereador, não é competência do munícipio cuidar da polícia, mas da educação de base... aí podem ser realizadas ações para a médio prazo, mudar esse caos urbano.
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