segunda-feira, 28 de julho de 2008

Neocoronelismo

Vai chegando o período eleitoral e a agitação no meio deles começa. Tem dossiê, denúncias, assassinatos e o velho conhecido coronelismo. Pois é, este termo que designava os "coronéis" latifundiários que escolhiam os candidatos em que seus funcionários deveriam votar, o famoso "voto de cabresto", caso contrário os mesmos poderiam ser mortos ou demitidos, é bem atual. Recentemente tivemos o caso da "Ata da reunião" dos traficantes da favela da Rocinha, no Rio, que impunha aos moradores da comunidade votar no seu candidato, conhecido como Claudinho. Na Zona Oeste carioca, onde as milícias imperam, a prática é a mesma. A prisão dos irmãos-políticos-chefe de mílicia Jerominho e Natalino demonstram isso. E agora, neste domingo, repórteres e fotógrafos que acompanham a comitiva do candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo PRB, Marcelo Crivella na Favela da Vila Cruzeiro, na Penha, foram obrigados a apagar as fotos feitas no local.

Ou seja, não importa se é traficante ou miliciano, a tentatva de manipulação e coação ocorre em ambos os lados. Eles usam o seu "aparato" para intimidação da população carente, nos guetos onde eles sobrevivem e ocupam o espaço abandonado pelo estado. Tem sido notícia no Rio de Janeiro, mas ocorre por todo o Brasil, quiçá no mundo inteiro. Na capital fluminense, o governador afirmou que vai solicitar apoio da Força Nacional para impedir este coronelismo, mas a ação principal tem que partir da população, não "vendendo" seu voto, conscientizando-se que este é um instrumento eficaz para impedir que esses sanguessugas se proliferem e que se escolha o melhor candidato. Chega deste banditismo, é hora de reagir, nas urnas.

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